terça-feira, 31 de março de 2009

Ditadura nunca mais!

Há exatos 45 anos, o Brasil sofria um duro golpe militar que mancharia por longos anos a política nacional. Esse período de intolerância política foi marcado pelos atos intransigentes de governantes que usaram a força para calar qualquer tipo de manifestação que colocasse em cheque a legitimidade de um governo autoritário e truculento, que fazia do uso da força como práticas de tortura o meio mais eficaz de acalmar a oposição.

As vozes heróicas da sociedade não se calaram e por diversas vezes foram às ruas, como na Passeata dos 100 mil, que conseguiu unir vários atores políticos de oposição em um grande e significativo ato contra a Ditadura Militar. Nesse período os movimentos estudantil, sindical e social ganharam ênfase e foram os principais porta-vozes de toda uma população insatisfeita e reprimida por um governo que afirmava que “o milagre brasileiro” era uma realidade.

Muitos companheiros disseram não ao governo militar travestido de progressista, que afirmava o “milagre” para poder legitimar os atos absurdos e intransigentes característicos desse período nefasto do Brasil. Muitos companheiros que se levantaram contra essas arbitrariedades acabaram dando a vida na busca por um país democrático e humano, onde a vida fosse realmente respeitada e povo visto como parte integrante de toda essa atividade política e não somente como massa de manobra de um governo com características fascista, que fazia da repressão a única arma de luta para calar os subversores da ordem.

Felizmente esse período de autoritarismo, repressão, flagelo, tortura, desmandos e terrorismo chegou ao fim no país. Atualmente o Brasil é um país democrático de direito, no qual o povo pode escolher seus representantes em processo de sufrágio universal. É sabido que essa democracia não é ainda o modelo político mais perfeito a ser adotado, isso levando-se em conta os diversos escândalos que explodem constantemente em Brasília. Foi através dessa democracia que o povo brasileiro pode eleger pela primeira vez um presidente genuinamente do povo. Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois mandatos está mostrando que apesar das intempéries peculiares e inerentes do Brasil, uma política voltada para a melhoria de vida dos mais pobres é possível, sem que com essa política o governo venha a ser assistencialista e venha a tecer peças publicitárias que visam apenas promoções políticas repetidas pelas grandes mídias.

É com esse sentimento de mudança político-social que (re)lembramos o ano de 1964, que serviu para levar milhares de pessoas às ruas, vinte anos mais tarde, com o crescimento da campanha pelas Diretas Já. A partir desse momento a democracia no Brasil veio se consolidando, mesmo trazendo em sua essência muitos traços de anos de dominação das elites, ratificado pelos mandatos de Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

A clareza política iria surgir como conseqüência desse processo democrático em construção, e que se (re)afirma com 90% de popularidade de um presidente oriundo das massas e, como dizem os grandes mídias, semi-analfabeto. Entretanto, Lula mostrou que a sua vivência dentro das massas e a consciência das dificuldades são inerentes para um bom governante, ao contrário das teorias hipócritas que analisam o título de doutor como condição sine que non para o imprescindível sucesso na política ou no comando de um Estado.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Sindsep participa de Ato Unificado Contra a Crise

Na manhã de hoje, centenas de trabalhadores participaram do Ato Internacional Unificado Contra a Crise, realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), sindicatos e movimentos sociais.

A concentração do Ato deu-se em frente à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), desde as 6h da manhã, com uma intensa mobilização dos trabalhadores de vários setores, que bradavam palavras de ordem contra a crise financeira que assola o globo.

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão (Sindsep/MA) esteve presente no Ato mostrando o engajamento na luta pelas melhorias em prol dos servidores públicos federais, e reafirmou que o funcionalismo público federal no Brasil não pagará por uma crise que foi concebida no centro do mundo capitalista.

O Ato Contra a Crise seguiu em passeata da UFMA até a Praça Deodoro (centro de São Luís), onde se juntou com o Movimento dos Sem Terra (MST) e unificou com os movimentos sociais o grito contra as demissões, propôs a luta por melhorias de emprego e salário, mais investimentos no setor público, além de defender os direitos trabalhistas e sociais. “Esse Ato está sendo realizado em solidariedade aos trabalhadores de todo o Brasil, e o Maranhão não poderia ficar de fora dessa luta que está acontecendo no mundo inteiro”, afirmou Nivaldo Araújo, presidente da CUT.

Foi importante a mobilização dos servidores públicos federais no Ato, pois foi ratificado pelo Sindsep/MA que essa crise não será de responsabilidade dos servidores públicos federais. Durante o evento foi demonstrada a união e força necessárias para o desmonte desse período de incertezas, na qual a classe trabalhadora vai lutar contra a precarização do serviço público, arrocho salarial e o desemprego, que enfraquecem o mercado interno. Essas celeumas acabam por prejudicar a classe mais pobre da sociedade brasileira.

“Os trabalhadores estão tomando as ruas em todo o país para mostrar ao governo e à sociedade que não irão aceitar pegar a conta de uma crise criada pelos ricos. Nós exigimos que o governo cumpra todos os acordos firmados com a categoria”, afirmou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Governo Federal lança Programa Habitacional

Foi lançado nesta quarta-feira (25), o programa “Minha Casa, Minha vida”, do Governo Federal. O projeto pretende construir 1 milhão de moradias até o final de 2010, reduzindo assim o déficit habitacional das famílias que têm renda de até dez salários mínimos.

A proposta apresentada pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, coloca as regiões do Sudeste e Nordeste com maiores beneficiários nos números de casas, além de maior volume de subsídios federais pêra a construção de moradias.
No Sudeste a previsão é de 363.984 habitações financiadas (34,4%). No Nordeste, a previsão é de 343.197 moradias (34,3%). No Sul 120.016 casas (12%). Na região Norte, 103.018 habitações (10,3%). Centro-Oeste, o governo quer construir 69,786 casas (7% do total).

Para acesso ao financiamento, estados e municípios têm que doar terrenos, que devem estar localizados preferencialmente nas regiões metropolitanas, onde haja infra-estrutura básica. Os governadores e prefeitos devem reduzir os impostos sobre matérias de construção. Os estados devem ainda reduzir o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto de Transmissão Causa-Mortis e Doação (ITCD). Os municípios por sua fez, têm que se comprometerem em reduzir Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) ou o Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

quarta-feira, 18 de março de 2009

As peripécias do Coronel Embusteiro Migueliano

As inquietudes da vida acabam nos proporcionando sempre uma gama enorme de possibilidades de criarmos contextos para a criação de novos enredos. Foi com esse frenezir, que resolvi criar a saga que se reporta a uma personagem bastante polêmica; que governa uma cidade litorânea, com mais de 1 milhão de habitantes; que está entregue ao descaso; e é a capital de um dos Estados mais pobres da Republica Federativa da Andyrá. Qualquer semelhança é apenas uma mera coincidência.

A República Federativa da Andyrá, é um país da América Latina, com Regime Democrático de escolha de seus governantes e está em ascensão no cenário mundial. Atualmente a sua população ultrapassa os 180 milhões de habitantes, que em sua maioria vivem abaixo da linha da pobreza. Toda essa situação atual da Andyrá é fruto de anos de exploração e pilhagem por parte dos seus colonos, que acabaram deixando enraizada uma pequena parcela da sociedade que detêm as riquezas do país.

Em virtude desse processo de colonização e o grande número de escravos que chegaram a Andyrá, é que atualmente o país tenha uma imensidão de pessoas vivendo em estado de extrema miséria. Pela primeira vez na história de Andyrá, um governante genuinamente vindo do povo, foi eleito Presidente da República. É claro que não foi suficiente para acabar com as enormes disparidades sociais. Entretanto, serviu para melhorar e aperfeiçoar as políticas sociais que visavam garantir, na pior das hipóteses, as cinco refeições diárias.

O país parecia que estava aprendendo a escolher melhor os seus representantes. Mas, não é tão fácil expurgar da vida política “raposas velhas”, que estão acostumadas a “mamar nas tetas do governo”. E no decorrer dos anos, a Câmara dos Deputados e o Senado de Andyrá, protagonizaram diversos escândalos de corrupção.

De um lado, o presidente de Andyrá aumentava o seu índice de aprovação (que era extremamente justo) e do outro o Legislativo mergulhava cada vez mais na lama de corrupções criadas por eles. Nas eleições municipais de 2008, Andyrá viu a exploração sumária da imagem do seu chefe maior, que acabou sendo material de campanha até da oposição.

Fazendo essa leitura breve do contexto em que aconteceram os fatos em Andyrá. Podemos começar a contar a história de Tinga, capital do estado de Coaraci. O ano de 2008 começou em pleno vapor, pois era ano eleitoral, e os partidos já estavam se mobilizando desde o início do ano. Reuniões, alianças, estratégias, acordos e escolhas de representantes, foram assuntos que efervesciam os partidos políticos de Tinga. Assim a cidade se preparou para o período de campanha. Muitos atores daquela tragédia romana já eram conhecidos no cenário político do estado de Coaraci. Assim a campanha ganhou as ruas e muitas promessas foram feitas à população. Essa por suas vez foi exercendo o seu critério de escolha e acabou por eleger o já conhecido coronel, Embusteiro Miguelano, que irá governa a cidade até 2012.

Aguardem o próximo capítulo.

Resposta ao comentário feito por Fernades

Em resposta a um comentário que postei no blog de Marco D’Eça, e que mexeu ferozmente (usando do eufemismo) com José Linhares Jr. Aqui vai o comentário feito a D’Eça, o de Linhares contra o meu, e a minha resposta para ele, respectivamente.

blog de Marco D’Eça

É impressionante como as pessoas sofrem metamorfoses durante a vida. Mas, não estou afirmando que todas as mudanças que sofremos sejam ruíns, existem aquelas que nos transformam em pessoas melhores. Pois bem, durante o período da campanha eleitoral de 2008, lembro-me bem que o “estimado” colega tinha um discurso que ia de encontro à candidatura do Sr. João Castelo, hoje, infelizmente, prefeito de São Luís. Em várias ocasiões fez matérias que demonstravam esse posicionamento de forma veemente. Acho que o “nobre” colega, como jornalista (que pensa ser) deveria observar com olhares mais críticos o verdadeiro estado de abandono em que se encontra a nossa cidade. Entretanto, não sei se por puro interesse, ou escassez de habilidade, posta em seu espaço eletrônico, textículos onde tenta mostrar o nada que o Sr. Castelo vem fazendo em São Luís. Seria bom que o colega tivesse um critério melhor de pauta. No mínimo, procurasse informações nos produtos midiáticos da empresa onde trabalha para não postar matérias pífias, como esta que acabei tendo o desprazer de ler.
Resp.: Tsc, tsc, tsc, tsc…

Comentário de José Linhares Jr.

Nielsen,

Produtos midiáticos uma pinóia! Por que você não colocou em seu texto que fez um blog de oposição ao prefeito meses antes da posse? Produto midiático no dos outros é refresco, é?

Esse discurso toscamente rebuscado não quer dizer nada. palavras procuradas no dicionário com o intuito de preencher um vazio existencial notório. Fala de mudanças para melhor, fala de mudanças para pior. Você é o juiz das mudanças alheias, Nielsen? Clap, clap, clap…

Sobre o fato das pessoas “pensarem” ser jornalistas, quer dizer que basta virar comunista e sair como cachorro de recados da esquerda para sê-lo, é? Não se iluda, não se iluda…

“o verdadeiro estado de abandono em que se encontra a nossa cidade”. Talvez isso aconteça por João Castelo não ter uma varinha mágica, talvez isso aconteça por não ser lacaio dessas esquerdas atrasadas que só vêem fatos positivos nos seus umbigos ou apenas por ser alvo do cinismo esquerdopata de alguns… Vai saber…

Resposta a José Linhares

José Linhares Jr.,

Realmente tenho um blog onde faço oposição ao Sr. Castelo, que você tanto idolatra. Por outros motivos, não estou postando ultimamente, mas continuo sendo oposição ao Coronel. Vejo que a minha posição política incomoda profundamente você. Engraçado é que sempre condenaste Marco D’éça pela sua postura, denominando o mesmo por alcunhas que não vêm ao caso. Por que achas que é intelectualmente superior a outras pessoas que não possuem o teu posicionamento político? Eu, com a minha visão política nunca colecionei inimigos, muito pelo contrário, tenho amigos com os quais posso contar. Graças a Deus meu caro colega, não costumo andar com dicionários em baixo dos braços, se assim deslizo a pena sobre a folha de papel, é por que não sei usar de palavras pífias, desqualificadas e que agridam as pessoas. Entretanto, como conheço você, sei que esse jeito desrespeitoso de se dirigir às pessoas é peculiar à sua personalidade. Lembro-me bem, que por conta de ser agressivo e “polêmico” (para não dizer mal educado) já foi agredido por outras pessoas. Mas, não me dou a esse papel meu caro Fernandes.

Falas que tenho um blog contra Castelo, por que não expõe o cargo que tem dentro do governo do Coronel? Tenho uma visão esquerdista da política, por que aplico-a na minha vida íntima. Procuro ser útil às pessoas de forma solidária e espontânea, sem pensar em tirar proveitos futuros. O que na ocasião me causa risos e também a vários amigos (acredito que colegas seus), é a sua prepotência. “(...) com o intuito de preencher um vazio existencial notório”, essa parte do texto é clássica. Primeiro, por que graças a Deus sou uma pessoa em paz com a vida. Sem rancores e desilusões. Segundo, a sua prepotência e a auto-afirmação, são características mais expostas em pessoas que têm o “intuito de preencher um vazio existencial notório”. Ao menos Fernandes, não era eu que ficava me reafirmando todos os dias para os colegas de faculdade, levantando até mesmo a existência de supostos casos que acabavam na alcova. Entretanto, era sabido por muitos que os referentes casos não passavam de meros delírios da sua cabeça. Essa atitude não é reafirmação de uma pessoa com o “intuito de preencher um vazio existencial notório”?

No mais meu querido colega, basta você andar pela cidade e constatar o estado de abandono em que se encontra São Luís. Ao menos que você não queira enxergar. Ai! O problema é todo seu. Mas, como sei que apesar de tudo (o que não é pouco) você é uma pessoa inteligente, jamais irá se comportar como “burro de carroça”. E um lembrete, por que não confirmas aos demais que é um Roseanista desde pequeno? Acho que cinismo fica melhor adjetivado na sua pessoa, meu caro. Um fraterno abraço!!!