quarta-feira, 29 de julho de 2009

Que é isso companheiro?

Há tempos que Brasília está imersa no mar dos escândalos públicos. Nestas últimas semanas acabaram sumindo com a tampa do esgoto da Capital Federal, que agora jorra todo tipo de excremento aos quatro cantos do Brasil. Uma chuva de pequenos dejetos suja a política brasileira, não que ela seja tão reluzente, e acaba por deixar a sociedade em estado de choque diante de tantos fatos escabrosos que estão ganhando identidade e deixando de serem Atos Secretos.

No centro do furacão, está o presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), velho conhecido dos maranhenses. O Coronel vê a cada dia a sua imagem sendo enlameada, porque suja ela já está há muito tempo, e observa que o fim de sua malfadada carreira na política está chegando ao fim de forma vergonhosa e beirando ao ridículo construído por ele mesmo.

Mas, a veemência em negar os fatos só não é tão ridícula quanto à insistência do presidente Lula em defender o Coronel. O que é isso companheiro? Sabemos que alianças são imprescindíveis para a solidificação de um governo, e que no decorrer desse processo sejamos obrigados a compartilhar do mesmo espaço, ideologias e planos de governo, de quem outrora era inimigo. As alianças nos fazem engolir raposas velhas destrutivas, que correm na mão contraria da reforma política, e a cada dia nos dão mais alicerces para a construção de argumentos que ratifiquem que a política é vista como profissão e não vocação.

Observar o Presidente pedir tratamento diferenciado ao velho Coronel, soa de forma tão ridícula, que a última cena de Lula pedindo esse “favorzinho” foi tão esdrúxula, que só a comparo às comédias besteiróis pastelonas estadunidenses. O que é isso companheiro? Foi uma cena que tivemos que ver e rever para que pudéssemos ter a certeza de que a retórica realmente pertencia ao Presidente, e olha que se não existisse a TV iríamos ficar na dúvida.

Claro que temos a ciência que o velho Coronel é um aliado, e o seu partido tem um enorme peso no cenário político nacional. Entretanto, não podemos deixar de lembrar que o Sarney é um filhote da ditadura, e representa tudo de ruim e atrasado que existe na política nacional. O povo do Maranhão, sabe muito bem o que é e o que representa o clã Sarney no Estado. Durante mais de quatro décadas esse clã pilhou as riquezas maranhenses e tudo o que Estado passa hoje é reflexo desse câncer que vem matando o Maranhão desde então.

É preciso extirpar da política nacional esse excremento (José Sarney) que vem colocando em cheque a credibilidade dos políticos brasileiros, credibilidade essa que está a um nível bem a baixo do aceitável. O momento é de atitude e trabalho, como um “homem de respeito” e líder de uma família “idônea”, o Sen. José Sarney (PMDB/AP), deveria mostrar atitude e renunciar à presidência do Senado, e depois trabalhar, coisa que nunca fez, para tentar, se possível, provar a sua inocência.

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