sexta-feira, 27 de junho de 2008

O Prazer do Percurso, evento em comemoração dos 200 anos da chegada da corte

Devido à falta de tempo, decidi apenas colar essa imagem sobre o projeto O Prazer do Percurso, evento em comemoração dos 200 anos da chegada da corte, que será promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, e vai acontecer de 1º a 30 de julho, no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

MOMENTO LITERÁRIO

Não passou

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.

Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?

Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.

Carlos Drummond de Andrade

Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade

MINHA MAIOR VONTADE

Minha maior vontade
É ser quem eu nasci para ser
Eu fugi de eu mesmo
E vivo a me procurar
Em botecos e becos
Em mulheres e prazeres
Se acaso encontrarem-me por ai
Digam-me que preciso falar comigo
Pois desde quando nasci
Nunca me encontrei
Portanto nunca me conheci.

Nielsen Furtado


ANTROPOFAGIA

Eu, canibal de mim,
Passei a vida inteira a devorar,
A dilacerar meu corpo e minha alma.
Hoje procuro o que restou do meu ser,
Se é que ainda posso chamar assim meu eu exterior.

Eu, antropófago de mim,
Nem sei se um dia fui real.
A minha existência surreal
É que me faz um ser socialmente contestável.

A minha história é escrita por um alienista,
Vivida por um ser antropocêntrico
E assistida por uma platéia mutante

Juntos: escritor, ator e platéia
São a mesma pessoa,
Eu! Canibal de mim.

Nielsen Furtado

VÁZIO

Faz tempo que sou vazio,
Há tempos amo o vazio.
Sempre fui atraído pelo vazio,
Pois acho que sou fruto do vazio.
Quando me sinto vazio,
Sou realmente feliz.
A minha vida é um vazio,
Meu mundo é vazio,
Eu sou um vazio
Que vaga no mais puro vazio.
Quando choro, sou vazio,
Quando canto, sou vazio,
Quando rio, sou vazio,
Quando me compreendo sou vazio
E no momento que me encontro sou ainda mais vazio.
Assim, sou completamente vazio,
Já que o vazio é infinito em mim.

Nielsen Furtado


Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

Eu ...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

Silêncio!...

No fadário que é meu, neste penar,
Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te à porta...

Vivo longe de ti, mas que me importa?
Se eu já não vivo em mim! Ando a vaguear
Em roda à tua casa, a procurar
Beber-te a voz, apaixonada, absorta!

Estou junto de ti, e não me vês...
Quantas vezes no livro que tu lês
Meu olhar se pousou e se perdeu!

Trago-te como um filho nos meus braços!
E na tua casa... Escuta!... Uns leves passos...
Silêncio, meu Amor!... Abre! Sou eu!...

Florbela Espanca

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pérfidas Salomés

A Fundação Casa de Rui Barbosa promove a exposição Pérfidas Salomés: cidade, mulher e novas formas de amar na modernidade carioca – 1900-1930. A mostra apresenta o universo da nova mulher que emerge com a modernização do Rio de Janeiro a partir de fotografias, caricaturas, propagandas e textos de revistas ilustradas, como a Fon-Fon! e Para Todos, e fragmentos literários entre 1900 e 1930. Tomando o mito bíblico de Salomé e associando-o à mulher moderna, a exposição aborda temáticas como a sexualidade feminina moderna e as novas formas de amar. Em quatorze módulos, que mostram o Rio de Janeiro entre 1900 e 1930 e sua população up-to-date, são apresentados os novos comportamentos do universo feminino carioca: as formas de amar, o flerte, o casamento e a separação, o entretenimento e a sociabilidade, a praia, os esportes, a dança e a moda, as doenças femininas, como a histeria, as drogas, as insatisfações e os novos desejos da mulher moderna. Pérfidas Salomés apresenta, ainda, um Peep-Show com imagens eróticas de época e originais das revistas Fon-Fon! e Para Todos. A entrada é franca.
Curadoria e pesquisa de imagens e textos: Claudia de Oliveira
Coordenação: Luiz Guilherme Sodré Teixeira
Horário de funcionamento: Terça a sexta-feira das 12 às 17h. Sábados e domingos das 14 às 18h.Até 31 de julho.
Sala de exposições.

TRABALHADORES RURAIS SOFREM AMEAÇA DE MORTE EM MAGALHÃES DE ALMEIDA

Conflito entre posseiros e suposto herdeiro/proprietário tem se acirrado. Casa de trabalhador rural foi incendiada.

A Cáritas Brasileira Regional Maranhão e a Rede de Intervenção em Políticas Públicas (RIPP) encaminharam correspondência ao Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Maranhão (INCRA-MA), Sr. Benedito Pires Terceiro, solicitando que o órgão proceda a vistoria – já marcada e desmarcada por duas vezes, a última, dia 24 do corrente, data da correspondência – na Fazenda Bebedouro de São Pedro, em Magalhães de Almeida/MA, distante aproximadamente 400km da capital.

Há um quadro grave de conflito agrário instalado na localidade: cerca de cem famílias de trabalhadores rurais que vivem, produzem e tiram seu sustento há pelo menos 40 anos daquela área estão na iminência de serem expulsos dela por um suposto herdeiro/proprietário, que atende pela alcunha de Neutinho. O clima tem se agravado, chegando a ameaças de morte – denunciada à Cáritas pelo trabalhador Lourival Brandão – e o recente incêndio da residência do trabalhador Zevandro, presidente da Associação de Moradores daquela área.

"O INCRA desmarcou a vistoria alegando que a terra não possui os limites mínimos para a desapropriação, o que só pode ser aferido por uma visita in loco de uma equipe técnica. Saber se a área realmente tem só os 960ha apresentados em escritura pelo suposto proprietário e, a partir daí, constatar os elementos necessários para uma possível desapropriação: tamanho da área, produtividade, função social, entre outros, evitando assim o agravamento do quadro e uma iminente tragédia com derramamento de sangue daqueles trabalhadores rurais", afirmou Ricarte Almeida Santos, Assessor de Políticas Públicas da Cáritas Brasileira Regional Maranhão e Coordenador Executivo da RIPP.

As organizações que assinam a carta encaminharão cópia da mesma às Secretarias de Estado de Segurança Cidadã e de Direitos Humanos e à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

(por Zema Ribeiro, da Assessoria de Imprensa da Cáritas Brasileira Regional Maranhão)

terça-feira, 24 de junho de 2008

SESSÃO HIP-HOP

A Fundação Casa Rui Barbosa está realizando o CINECLUBE ABDeC. O evento irá acontecer dia 28 de junho (sábado),no Auditório da Fundação Casa Rui Barbosa, que tem 281 lugares. A sessão será às 15h, com entrada franca e os filmes têm a classificação etária de 12 anos.

“A SESSÃO HIP HOP” vai apresentar os filmes:

FREESTYLE: UM ESTILO DE VIDA, de Pedro Gomes (43 minutos). O filme mostra o freestyle (rima de improviso) como forma de manifestação artística dos jovens que usam a cultura hip-hop em busca de um pertencimento e uma melhoria de suas condições sociais.

BEATBOX – O SEXTO ELEMENTO, de Marcus Lima e Eddi MC (15 minutos). O filme fala sobre o beatbox (percussão vocal do hip-hop), que é a arte em produzir sons de bateria com a boca. Jovens falam sobre esta imitação vocal de efeitos de DJs, além de efeitos sonoros e instrumentos musicais.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Lançamento da revista Machado de Assis em linha: revista eletrônica de estudos machadianos



A Fundação Casa de Rui Barbosa, do Ministério da Cultura, realizará o lançamento da revista Machado de Assis em linha: revista eletrônica de estudos machadianos. O lançamento vai acontecer no dia 26 de junho, às 18h, na sala de cursos, entrada franca. Antes do evento acontecerá a mesa-redonda Machado de Assis em linha, com as seguintes participações:


Deus, o diabo e os direitos autorais: uma leitura comparativa do conto "Adão e Eva",
Bluma Vilar Waddington (professora e tradutora; atualmente, conclui pesquisa de pós-doutorado na FCRB)

Machado: um contista desconhecido,
Luis Filipe Ribeiro (UFF)

A Bíblia de Mrs. Oswald ou os cochilos do Bruxo,
Marta de Senna (pesquisadora da FCRB e do CNPq)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

UMA ILHA CERCADA DE LENDAS

Entre todos os atrativos turísticos da capital maranhense, São Luis ainda esconde entre seus casarões e becos narrativas que dão vida a uma cultura social diversificada, sustentada em causos contados pelos diversos lugares históricos da ilha.




Começo da madrugada de finados em São Luis, as ruas estão vazias. Mas qual a razão de toda essa calmaria já que no dia seguinte é feriado? Uma razão para esse quadro é a superstição que já vem embutida na sociedade maranhense há várias décadas. Os mais velhos dizem que no dia dedicado aos mortos, eles caminham pelas ruas e transitam por entre os vivos. Os mais supersticiosos relatam que nessa data à noite é dada aos espíritos.


Em meio ao clima místico que cerca a cidade, o dia de Finados, é uma data em que muitas tradições são mantidas como acender velas para os entes queridos, rezar às 18h, comer carne branca, de preferência peixe e mariscos. O culto aos mortos é secular e faz parte de todas as religiões, principalmente das mais antigas. No começo, o culto era ligado ao meio agrário e voltado para a fertilidade do solo. Acreditava-se que, assim como as sementes, os mortos eram enterrados para alcançarem a ressurreição.

Lendas do Maranhão

Tradicionalmente, o maranhense é muito envolvido com lendas e mistérios. O imaginário popular é recheado de narrativas sobre fantasmas, animais encantados e carruagens de fogo. As histórias, que ajudam a constituir a identidade do povo e do local, continuam chamando a atenção de crianças e adultos.

A serpente encantada

Entre essas lendas se destaca a da serpente encantada, que segundo os ludovicenses, encontra-se submersa nas águas que circundam a Ilha de São Luis. Conforme a lenda a serpente está adormecida e crescendo de forma desenfreada. Segundo a lenda, quando o animal encontrar a ponta de sua própria cauda ele despertará e abraçará a ilha com força descomunal e fúria diabólica, arrastando a ilha para o fundo do mar matando todos os habitantes. Vários contadores de causos contam que os túneis da Fonte do Ribeirão levam direto para a cauda da serpente. Outros dizem que a cabeça do animal fica embaixo da Igreja da Sé, no centro histórico da cidade, dando para a narrativa uma suposta razão do não despertar da serpente, já que a igreja se encontra sob os domínios divinos.

“Desde a infância venho convivendo com as lendas de São Luis, mas a da serpente encantada é a que mais ouvir quando criança. Minha mãe contava essa história periodicamente e sempre tive um fascino grande por toda essa magia que cerca a ilha e o nosso estado”. Comenta dona Raimunda Furtado, moradora antiga da capital.
A Batalha de Guaxemduba
Para uma cidade envolvida em histórias místicas é natural que a sua padroeira surgisse de um causo. Essa lenda trata da Guerra de Guaxenduba, que foi travada diante do Forte de Santa Maria de Guaxenduba, em 19 de novembro de 1614. Conta-se no causo que os lusitanos já estavam prestes a se renderem aos franceses, devido à sua inferioridade numérica de homens, armas e munições.
Nesse cenário aparece uma formosa mulher em auréola transparente resplandecente. Ela então transforma areia em pólvora e os seixos em projéteis, revigorando assim a moral dos portugueses, que impõem uma severa derrota aos invasores. Em memória a esse feito, a Virgem foi aclamada padroeira da cidade de São Luis do Maranhão, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória. A lenda é tão articulada que chega até a se acreditar na veracidade da narrativa.
O padre José de Moraes, em “Histórias da Companhia de Jesus na extinta Província do Maranhão e Pará” (1759), escreve a seguinte passagem: “Foi fama constante (e ainda hoje se conserva por tradição) que a virgem foi vista entre os nossos batalhões, animando os soldados em tempo de combate”.
Ana Jansen
Em uma época em que a sociedade era marcada pelo patriarcalismo, surge no cenário social maranhense uma mulher com tantos poderes quanto os demais homens da época. Ana Jansen era uma mulher de muita fibra e coragem. Justamente por sua postura diante dos poderosos, adquiriu muitos inimigos durante a vida. Várias histórias foram inventadas e creditadas a Ana Jansen. Como bárbaras atrocidades contra seus escravos, que eram submetidos a toda sorte de suplícios e torturas em sessões que terminavam quase sempre em morte.

A professora Helena Tabosa, Técnica do Museu do Maranhão, explica que Ana Jansen era uma mulher muito poderosa e não se deixava abater por nenhum poderoso patriarca da época e isso fez com que muitas histórias de horror fossem atribuídas a ela. “Segundo José Montello, os portugueses, principalmente, não gostavam dela e chegaram ao extremo de confeccionar urinários com o retrato dela no centro. Mas ela foi astuta o suficiente para mandar comprar todos e quebrar”, comenta a professora.
Uma das lendas mais famosas é da Carruagem de Ana Jânsen. Alguns anos depois do falecimento de Donana, como era conhecida, passou a ser contada na cidade a estória, segundo a qual, nas noites escuras das sextas-feiras, boêmios costumavam deparar com uma assombrosa e apavorante carruagem, em desenfreada correria pelas ruas da cidade de São Luis, puxada por muitos cavalos brancos sem cabeças, guiados por uma caveira de escravo, também decapitada, conduzindo o fantasma da falecida senhora, penando sem perdão pelos pecados e atrocidades, em vida cometidos.
Conta-se que quem tiver a infelicidade de encontrar a diligência de Ana Jânsen e deixar de fazer uma oração pela salvação da alma da maligna senhora, ao deitar-se para dormir, receberá das mãos de seu fantasma uma vela de cera. Esta, porém, quando o dia amanhecer estaria transformada em descarnado osso humano.
No entanto, o jornalista Waldemar Santos, em matéria publicada no extinto Jornal de Hoje, em novembro de 1985, tem uma visão diferente. Com o titulo de “Ana Jansen: o bentivi maranhense revida insultos” a matéria comenta a existência de contradições na lenda da carruagem. O testemunho de Jurandir Luís, grande comerciante nos anos 80, afirma a descoberta da farsa na lenda. Ele conta que no começo do século fora desvendada pelos irmãos Antônio e Luís Bezerra a lenda da carruagem de Ana Jansen, Ao “voltarem de uma festa de aniversário numa casa perto do cemitério do “Gavião” , descobriram que quem passeava pelas ruas de São Luis, era um grupo de leprosos”.
Os doentes eram comandados por dois rapazes de famílias importantes de São Luis. Após serem pegos pela policia, os envolvidos no caso confessaram a culpa e a lenda da carruagem de Ana Jansen foi então desmascarada. Porém ainda hoje é possível observar pessoas contando esse causo pela cidade.
Existem várias outras estórias que são contadas pelo Maranhão. Essa cultura maranhense dá ao estado um ar místico e faz com que as gerações passem, de uma à outra, histórias fantásticas como se fossem verdadeiras. Apesar do hábito ser facilmente observado na capital, São Luís, é no interior que a crença nas lendas marca mais fortemente os processos de identificação cultural. Cada lugar tem uma narrativa que dá vida a um determinado acontecimento.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

II Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas



Programação preliminar
Dia 12/8 18h Abertura do II Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas
19h Apresentação da exposição Glaziou, o paisagista do imperador, pelo curador Miguel Gastão da Cunha.
19h30 Abertura da exposição e comemoração dos 78 anos do Museu Casa de Rui Barbosa.
Dia 13/8 10:30h Palestra Tradição e componentes estruturantes da arte paisagística portuguesa (sécs. XVII e XVIII), por Helder Carita, historiador e arquiteto português.
14h30 Mesa-redonda: Natureza & espaço rural: quintas e fazendas. A quinta da Boa Vista (Museu Nacional/Fundação Parques e Jardins).O parque do Barão de São Clemente (Parque São Clemente - Nova Friburgo).O palácio de Petrópolis (Museu Imperial).A fazenda do Barão de Campo Belo (Fazenda do Secretário - Vassouras).
16h Comunicações
Dia 14/810h Palestra A Casa Brasileira e seu entorno, por Carlos A C. Lemos, arquiteto e historiador.
11h Mesa-redonda: Natureza & espaço urbano: palacetes e casas. O solar de Grandjean de Montigny.O palácio do Barão de Nova Friburgo (Museu da República).O palácio do Barão de Itamaraty (Museu Histórico e Diplomático/MRE).De chácara a museu, uma propriedade em Botafogo (Fundação Casa de Rui Barbosa)Marcas arquitetônicas do Brasileiro na paisagem do Minho (Miguel Monteiro – Museu da Emigração e das Comunidades).
14h30 Palestra A quinta da Regaleira, por João Cruz Alves.João Cruz Alves é arquiteto e administrador delegado da Fundação Cultursintra, responsável pela Quinta da Regaleira, em Sintra, Portugal.
16h Comunicações
18h Homenagem a Albino de Oliveira Guimarães. Com a presença do cônsul de Portugal no Rio de Janeiro e do prefeito de Fafe, José Ribeiro.
Inscrições: museu@rb.gov.br e pelo telefone (21) 3289-4664
R$ 50,00 (profissionais)R$ 25,00 (estudantes)
ApoioAssociação de Amigos da Casa de Rui Barbosa
Fonte: Casa Rui Barbosa

segunda-feira, 16 de junho de 2008

LIVRO SOBRE O CINEMA SUPER-8 NO MARANHÃO

Yes, nós tivemos cinema! E uma produção bastante significativa, de mais de uma centena de filmes, feitos por maranhenses. Esse ciclo produtivo, que perdurou por mais de 10 anos, em São Luís, e ganhou prêmios nacionais, pode ser caracterizado como um movimento de Cinema Super-8 e envolvia nomes hoje bastante conhecidos no cenário cultural da nossa cidade: Murilo Santos, Euclides Moreira Neto, Nerine Lobão, Ivan Sarney e muitos outros.

Foi para contar a história desses homens e mulheres, na época jovens idealistas dos anos 70, que as jornalistas Kelly Campos e Luana Camargo escreveram o livro “Para não dizer que não falamos de cinema: o movimento de super-8 no Maranhão (1970-1980). O livro é resultado da monografia das duas autoras no curso de Jornalismo da Faculdade São Luís.

Configurado como livro-reportagem, o trabalho foi todo construído a partir de entrevistas com os idealizadores dos filmes, de pesquisa em jornais e livros sobre o tema. Ao final, o leitor vai ter um amplo painel não apenas sobre o cinema daquela época, mas sobre o cenário cultural sobre o que era São Luís do Maranhão no que se convencionou chamar de anos rebeldes.

Texto – O que talvez mais chame atenção no livro, além da programação visual, é a estrutura do texto. Feito em cenas, como numa grande filmagem, com cortes, avanços e recuos, o texto se movimenta à mercê do entrecruzamentos de todos os fatos e relatos que o livro aborda.

O lançamento do livro faz parte da programação de abertura do 31º Festival Guarnicê de Cinema e vai ser lançado no Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho, dia 18 (quarta-feira), às 19 horas.

Por Kelly Campos
(Jornalista e autora do livro)

DEBATE NA EAFSL/MA SOBRE A REESTRUTURAÇÃO DO MODELO DE ENSINO

Acontece amanhã (17), às 13h e 30min, na Área de Convivência Geral, na Escola Agrotécnica de Federal de São Luís (EAFSL/MA), o debate com os candidatos a direção geral da EAFSL/MA, Antonio Landry Lopes Sobrinho, Antonio Tomaz Correa de Vasconcelos, João Carlos de Moura Serra, João Filomeno Barros e Vespasiano de Abreu da Hora com mediação do jornalista Walter Rodrigues.

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais (SINDSEP/MA) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional estão oportunizando este debate entre os candidatos a nova gestão, para que cada um apresente suas propostas para o fortalecimento, dinamização da EAFSL/MA. Os candidatos vão opinar sobre o novo modelo de ensino que unem os CEFETs e Escolas Agrotécnicas Federais e os tornam em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs), além de apresentarem propostas para a nova gestão.


II Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa.

Acontece de 17 a 19/06, a II Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada pelo Conselho Estadual do Idoso (CEDIMA). O evento irá acontecer no Hotel Abbeville. O SINDSEP/MA terá participação especial na conferência, pois conta com a participação de José de Ribamar Freitas, diretor do SINDSEP/MA e vice-presidente do CEDIMA, além de Ribamar Costa, diretor do SINDSEP/MA e suplente do CEDIMA.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Que Deus nos dê muita luz, paz, amor, felicidade e sucesso. E que essa nova vida que estamos levando possa nos mostrar que o companheirismo, o respeito, o amor e a compreensão são coisas inerentes ao sucesso de uma relação sólida. Que esse dia possa transparecer tudo o que esperamos para o nosso futuro. Grato por ter a sua presença na minha vida. Beijos!!!