quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um pequena análise sobre a convocação de Dunga

Depois de algum tempo sem postar nenhum comentário neste Blog, e por ter me dedicado a outros projetos, volto a expor aqui as minhas opiniões sobre o cenário esportivo brasileiro.
Dessa vez, acho que um pouco mais centrado (alguns muitos acham que não) venho a falar do técnico Dunga. Fui tomado pelo espanto de ver a lista de convocação de Dunga e notar a ausência de Ronaldinho Gaúcho. É sabido que ano passado o Gaúcho não vivia uma ótima fase, mas no final do ano as coisas foram mudando de rumo e Ronaldinho voltou a jogar um bom futebol.
Sinceramente não consigo entender os critérios usados por Dunga para suas convocações, já que em sua lista podemos ver nomes como Elano e Josué, ambos não apresentando nem sombras de futebol de muitos jogadores brasileiros que atuam no país ou na Europa.
Porém, o que mais espanta é a convocação de Michel Bastos (Lyon). E será que alguém acha que esse rapaz joga mais que Roberto Carlos? Richarlyson? Juan? André Santos? E tantos outros?
Infelizmente, a realidade é que a Seleção Brasileira está entregue há alguns jogadores que passam longe de talentos como outros tantos que foram imortalizados jogando pela Seleção.
Agora, caso alguém ache que Elano, Josué e Michel Bastos são jogadores que merecem ir para a Copa da África, fico calado e aceito as considerações.

sábado, 10 de outubro de 2009

PARA GOVERNADOR...

* Por LUIS HENRIQUE SOUSA


Flávio Dino. Para Senador Bira do Pindaré. Ombreados pelo PSB (Agora vai?) este é o desenho político a ser perseguido nas eleições do ano que vem por PT e PC do B. Desenho de razoabilidade e maturidade dos dois partidos de esquerda no Maranhão.

Flávio e Bira representam os ventos de mudança na política do Maranhão. Mudanças que não estão restritas ao caráter geracional, podem e devem repercutir as mesmas salutares alterações políticas ocorridas no país, a partir da eleição do presidente Lula. Cada um por seu turno e atuação, são nomes naturais da esquerda para a disputa majoritária em 2010. Constituem emblematicamente o projeto em curso no Brasil e são possuidores de profunda identificação com ele.

Uma chapa que poderá ser complementada com a presença do PSB, na figura do ex-governador Zé Reinaldo, muito embora, pela mesma razoabilidade, o nome do ex-governador fortaleceria muito mais o projeto, se disponibilizado para encabeçar a chapa dos deputados federais. Zé Reinaldo, até sozinho, é garantidor de quociente eleitoral. Bancada federal que será fundamental em quaisquer circunstancias, na condição de situação ou de oposição. Além do que mais de uma candidatura ao senado colocará em risco a potencialidade do pólo de esquerda. Sacrifício (ou sabedoria?) que não diminuirá Zé Reinaldo, muito pelo contrário, seria um gesto altruísta, gesto que ele já foi capaz de fazer na eleição passada, quando permaneceu no cargo e fez o sucessor, ainda que mais tarde a justiça eleitoral o tenha apeado do poder.

Muito embora o PMDB só disponha de um nome competitivo, Roseana ou Lobão, a fragmentação da oposição, considerando ainda a debandada de Vidigal para o consórcio tucano-pedetista, pode inviabilizar o assento no senado e perda do espaço para as chamadas “estruturas de campanha”, hoje, única alternativa dos peemedebistas para garantir as duas vagas em disputa.

Certamente não faltarão vozes petistas a defender candidatura própria, aliás, algumas destas vozes já ecoam. O argumento é que o PT não pode continuar a ser linha auxiliar de poder das demais forças de oposição; que tem que ter proposta e projeto próprio; que o partido precisa fortalecer suas lideranças; abrir picadas na perspectiva de apresentar um plano de desenvolvimento alternativo para Maranhão e, por tabela, que viabilize as candidaturas petistas. Todos estes argumentos seriam válidos, se o PT tivesse unidade e o tal projeto político-eleitoral. Francamente não tem, e se tem, está disperso na disputa interna do partido ou na distancia que os intelectuais petistas guardam das hostes partidárias.

Ao contrário de situações anteriores em que primeiro foi preciso o PT definir o comando, para só depois definir a tática, os caminhos possíveis parecem claros e cristalinos. Nem é preciso esperar pelo PED (eleição interna do PT) para saber quais alternativas estão reservadas para 2010: PMDB de Sarney; PDT tucano; o pólo de esquerda (PT, PC do B e PSB) ou candidatura própria. Portanto, a conjuntura impõe ao partido dos trabalhadores o seguinte recado: não dá pra andar sozinho, tão pouco mal acompanhado.

Da síntese, sozinho ou mal acompanhado, entenda-se como sozinho uma candidatura solo, completamente inviável para garantir eleição de senador, deputados federais, no máximo, exitosa apenas para deputado estadual. Na rica conjuntura, seria resignar o papel do PT a ridícula condição de laranja do Sarneysismo ou dos tucanos-pedetistas. Não tardaria e a campanha presidencial desembarcaria no Maranhão no palanque do PMDB, seguramente, neste caso, mais forte, competitivo e atraente para os interesses do PT nacional (intervenção branca).

Por mal acompanhado entenda-se qualquer aliança que una o PT ao consórcio tucano-pedetista, insustentável (intervenção bruta) ou ao PMDB de Roseana que é a contradição histórica das lutas e sonhos do PT no Maranhão.

É hora de quem sabe fazer. É hora de abrir o debate para o Maranhão que queremos. É hora de construir o Maranhão que podemos. Mão na massa e pé na estrada. Vem, vamos embora, porque o Maranhão é grande.

* Jornalista e Secretário de Comunicação do PT São Luís

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Encontro com o Mercosul em São Luís



A Ilha Rebelde, será palco do “Encontro com o Mercosul em São Luís”, que irá contar com a presença de várias autoridades nacionais, estaduais e municipais, além da presença do ministro Luís Dulci (Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da presidência da República) . O evento objetiva a divulgação do Mercosul nos estados brasileiros, principalmente do Norte e Nordeste, e busca estimular a participação das organizações da sociedade civil e das autoridades locais no debate dos temas relativos à integração regional.

Estão responsáveis pelo acontecimento do evento: o Governo do Estado, Central Única dos Trabalhadores - CUT, Federações Estaduais da Indústria - FIEMA e da Agricultura - FAEMA, Fecomércio, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Maranhão - FETAEMA, Força Sindical, Sebrae, Universidade Federal do Maranhão e União Geral dos Trabalhadores – UGT.

As inscrições para o “Encontro com o Mercosul” em São Luis são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço eletrônico:
mercosulsocialeparticipativo@planalto.gov.br
Outras informações:
Data: 9/10/2009
Horário: 8h30 às 18h
Local: Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, Avenida Jerônimo de Albuquerque s/nº.
www.planalto.gov.br/sec.geral

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nota oficial do MEC sobre o adiamento das provas

O Ministério da Educação informa que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para este fim de semana, foram adiadas por motivos de segurança.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) já tem uma segunda prova e deve anunciar a nova data do exame nos próximos dias, depois de reorganizar a logística de aplicação.

O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.

Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente, pelos meios habituais, sobre a confirmação da nova data e do local das provas.

Em razão do adiamento, a divulgação do resultado final das provas, inicialmente prevista para 8 de janeiro, deve sofrer atraso de um mês, aproximadamente.

O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.

Assessoria de Comunicação Social

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E a história se repete


Após 30 anos, a história se repetiu. É inaceitável em tempos de liberdade de expressão, uma manifestação pacífica e com o fim de conscientização, ser tratada com a truculência peculiar de uma polícia despreparada e ineficiente, aliada a alguns guardas - municipais sem a menor sensibilidade e formação adequada para trabalhar com a (in)“sugurança” da população. Na manhã desta, quinta-feira (17), um estudante da UFMA e um diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), foram covardemente espancados por policiais militares e guardas – municipais, no Terminal de Integração da Praia Grande, onde apenas distribuíam panfletos com chamada para um ato público em memória dos 30 anos da Greve da Meia-Passagem, a se realizar na Universidade Federal.

Surpreendentemente, mais uma vez a polícia Coronelista do Palácio de La Ravardiere (guarda - municipal) estava envolvida em mais um ato de exceção. Vale lembrar, que o período de arbitrariedades já passou, e que a atual sociedade não permite e nem aceita atos unilaterais, que visam em sua essência apenas o uso da força como arma para calar quem não concorda com o atual cenário político, como ratificado com os jovens que faziam jus à lembrança de um movimento que foi significativo e único na Capital.

A Constituição Federal de 1988, é clara, quando resguarda o direito de livre expressão, e isso não pode ser impedido, principalmente em um local público e de grande circulação popular. O mais incrível é ver o presidente do Sindicato dos Guardas – Municipais de São Luís, Irineu Rodrigues de Sousa Neto, afirmar para um diário local, que apesar da Direção do Terminal de Integração da Praia Grande, ter mandado bater nos estudantes, nenhum guarda – municipal usou da força para conter os manifestantes, e estavam ali apenas para conter os ímpetos. Essa declaração é no mínimo indecente e execrável, principalmente vinda de uma pessoa que está à frente de uma entidade que representa toda uma categoria. Meu caro Irineu, a você dedico aquela celebre frase, uma imagem vale mais que mil palavras.

Pois sim, é preciso que a sociedade ludovicense fique alerta para esses atos de desmandos, já que podem muito bem argumentar as autoridades, que o episódio não passa de um ato isolado, e que isso não corresponde à política do Palácio de La Ravardiere, muito menos a do Palácio dos Leões.

E devemos lembrar que apesar dos atos truculentos e do autoritarismo que reina nas autoridades locais, a sociedade deve continuar engajada na luta pela salvaguarda de seus direitos. Os tempos de “chumbo” já passaram e a intolerância não é mais aceitável em tempos de tamanha modernidade. É triste observar que certas autoridades não conseguem seguir a linha do progresso, o que acaba levando-me a acreditar que são seres acéfalos em extremos. E dessa forma caminha a humanidade, com atos intolerantes travestidos de mantimento necessário da ordem. Ou atos transsex de libertinagem gratuita de violência e imposição através da formas de ideais políticos falidos de uma Social-Democracia.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Imposição ou acomodação? O que aconteceu com a mídia ludovicense?

É no mínimo espantoso o silêncio da mídia neste dia 17 de setembro de 2009. Confesso que procurei; li e reli vários diários, senão todos: rebusquei em sites; assisti a jornais; ouvi programas de rádio e nada, nenhuma menção ao dia. Não quero acreditar que os Meios de Comunicação não estão lembrando da data. Mas, pior que pensar nisso, é fazer com que a minha imaginação me transporte ao fato de não estarem noticiando porque simplesmente não o querem, seja por imposição ou acomodação.

É bem verdade que o silêncio da mídia local, caracteriza um desserviço para toda a sociedade, pois acaba cerceando o direito à informação, que ultimamente virou um jargão tão utilizado por vários setores no Brasil. É sabido que dentro da capital existe a mídia governista e a oposicionista, mas por incrível que pareça as duas estão agindo da mesma forma. Será corporativismo? Ou será protecionismo?

Entretanto, o que causa maior espanto é o silêncio do Movimento Estudantil em São Luís. É bem verdade que há muito tempo esse tipo de movimento perdeu corpo e identidade na capital. Atualmente o que observamos é uma entidade que serve a propósitos extremamente políticos partidários, com uma enxurrada de pelegos que caminham conforme vão tocando a “boiada”. Deixar um histórico de luta à parte de um momento onde a unidade estudantil deveria está aflorada, é o mesmo que assinar um atestado de insanidade político-social, que só enfraquece o Movimento Estudantil e o transforma nessa celeuma de desencontros e desmandos de um grupo que não está engajado com a real situação da educação no Maranhão.

Deixar de lembrar a Greve de 79, é o mesmo que negar aos mais jovens a luta travada nas ruas do centro de São Luís. Deixar isso à margem do conhecimento dessa juventude é colocar em uma prisão ideológica, a maior luta que o verdadeiro Movimento Estudantil de São Luís, já foi capaz de produzir. Esses heróis e heroínas, foram às ruas dizer não ao aumento abusivo na passagem do ônibus e acabaram nas entrelinhas dizendo que não aceitavam mais aquele período de exceção.

Mas, como o período era de arbitrariedade e os desmandos estavam em voga, o então Governador, hoje Prefeito de São Luís, usou da truculência que lhe é peculiar e mandou a Polícia Militar marchar contra a multidão de alunos, que tinham como armas apenas cadernos e livros. Foi um massacre total e por vários dias as ruas da Capital se transformaram em uma verdadeira arena romana, onde leões (Polícia Militar) cassavam gladiadores desarmados (estudantes). Mesmo com toda a arbitrariedade da época, os estudantes conseguiram o direito à meia-passagem, e até hoje o direito continua em vigor, mesmo a contragosto de muitas pessoas, inclusive o prefeito de São Luís.

É, deve ser pela simples razão de que essas lembranças trazem à tona a imagem de “coronéis” que ainda estão no poder, que a mídia oportunista de São Luís, preferiu calar-se e jogar na lata do lixo o fazer jornalístico. É com grande pesar que exponho essa opinião, mas, não poderia furtar-me ao direito de ficar calado neste momento tão execrável e sepulcral da mídia ludovicense. E nesse momento, chamo a atenção para a necessidade de buscarmos extirpar do Movimento Estudantil esses pelegos que estão no comando dessas organizações que não têm identidade, ideologia e nem perspectiva de mudança para um ensino enfraquecido e pobre como o do Estado do Maranhão.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A vida

A vida é mesmo um ciclo vicioso? Será mesmo que a linha que separa o fim e o começo é muito tênue? Ou será que o fim significa um recomeço? Essas questões martelam-me a cabeça e me fazem sair em busca de respostas que estão além da minha condição atual de simples observador. O ontem, o hoje e o amanhã o que são além de algo que criamos para termos a noção de tempo?

Quando criança tinha muitos questionamentos. Uma inquietude já me impulsionava na busca de outros nortes que pudessem me levar a um mundo onde era só abrir uma porta, e pronto! A resposta está ali, inerte à minha espera. A facilidade de imaginar e criar situações era a maior virtude que eu tinha. Engraçado lembrar-me agora que passava horas brincando sozinho dentro de um mundo abstrato criado pela minha imaginação inocente de criança. Eu sempre sonhei alto. E sempre quis ser o reflexo do que meus pais eram. Quanta responsabilidade, ter em uma só pessoa o caráter do meu pai e toda a meiguice e determinação da minha mãe.

Conheci o amor. E como o amor me fascinou. Que nostálgico, nesse momento estou lembrando de como via o amor na infância. A imagem do primeiro beijo, ambos ainda puros em relação aos reflexos do afeto. Assim, aproximamo-nos de forma lenta e poética, e sem nenhuma malícia, deixamos com que os nossos lábios se tocassem e de subido interrompemos o que achávamos ser impróprio para a nossa idade. Era o nascimento do amorzinho de criança, que para muitos é a confusão que fazemos com a descoberta da afetividade, e acabamos confundindo amizade com amor. Entretanto, essa confusão é muito justificável quando se trata de crianças.

Mais tarde aprendi que as relações afetivas podem machucar. Aprendi que um “Eu te amo” pode ser dito da boca para fora, sem que necessariamente o coração o queira dizê-lo. Aprendi que uma atitude vale mais que mil palavras. E que mil palavras podem ser poucas para confortar um coração que sucumbe a uma hemorragia causada pela doce e malvada espada da paixão. Uma coisa eu descobri, que amor é algo que dura por uma eternidade. Pode ficar guardado em algum lugar no coração, mas nunca estará esquecido. Quando for acessa uma minúscula fagulha que possa revivê-lo, assim como a fênix ele ressurgirá das cinzas e voará por céus antes habitados e outros ansiosos para serem descobertos.

Tempo! Consegui ter a percepção de que ele serve para aliviar as grandes dores que assolam o peito. O ontem, o hoje e o amanhã, agora já têm outro significado para mim. Começo a resolver as questões antes propostas. As minhas lembranças do que fiz ontem, e os reflexos das minhas ações me fazem caminhar hoje. Nessa ótica, o que eu fizer hoje será proporcionalmente refletido em meu amanhã. Então, por que não tento consertar coisas erradas que fiz no passado? Infelizmente, existem coisas que não podem ser reparadas. Existem coisas que precisam ficar guardadas no baú dos tempos. Uma viagem ao passado, é...não seria má idéia...poderia refazer um novo caminho e ter novamente a chance de abraçar as oportunidades que deixei passar. Mas, será que eu seria feliz hoje se pudesse fazer isso? A incerteza acovarda-me e percebo que é melhor continuar olhando na dianteira.

Sinceramente, acho que tudo o que aconteceu foi válido. Perdi coisas para que pudesse ganhar outras, aqui respondo que realmente o fim significa um recomeço. Um recomeço, mas de acordo com vários pontos de vista pode ser entendido como a possibilidade de uma nova oportunidade, seria a oportunidade dentro da oportunidade, se assim a querem chamar os mais rebuscados oradores. É! Não posso me furtar em dizer que gostaria de ter algumas oportunidades dentro das oportunidades. O mais cômico é que as incertezas vão ficando cada vez mais complexas à medida que vamos amadurecendo. Gostaria de afirmar se na hora da morte podemos avaliar o que era certo e errado, já que essa perspectiva dos fatos é algo que leva realmente vários prós e contras.

O que posso afirmar nesse momento, é que temos que ser mais intensos do que somos habitualmente. E que a tenuidade dos extremos são mais nítidas do que a nossa vão filosofia possa compreender. Por isso e por tudo que o amor me fez, ainda faz e irá me fazer viver, é que quero ser lembrado pela essência dos meus sentimentos, porque a vida tem que ser medida pela sua intensidade e não pela sua longevidade.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Que é isso companheiro?

Há tempos que Brasília está imersa no mar dos escândalos públicos. Nestas últimas semanas acabaram sumindo com a tampa do esgoto da Capital Federal, que agora jorra todo tipo de excremento aos quatro cantos do Brasil. Uma chuva de pequenos dejetos suja a política brasileira, não que ela seja tão reluzente, e acaba por deixar a sociedade em estado de choque diante de tantos fatos escabrosos que estão ganhando identidade e deixando de serem Atos Secretos.

No centro do furacão, está o presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), velho conhecido dos maranhenses. O Coronel vê a cada dia a sua imagem sendo enlameada, porque suja ela já está há muito tempo, e observa que o fim de sua malfadada carreira na política está chegando ao fim de forma vergonhosa e beirando ao ridículo construído por ele mesmo.

Mas, a veemência em negar os fatos só não é tão ridícula quanto à insistência do presidente Lula em defender o Coronel. O que é isso companheiro? Sabemos que alianças são imprescindíveis para a solidificação de um governo, e que no decorrer desse processo sejamos obrigados a compartilhar do mesmo espaço, ideologias e planos de governo, de quem outrora era inimigo. As alianças nos fazem engolir raposas velhas destrutivas, que correm na mão contraria da reforma política, e a cada dia nos dão mais alicerces para a construção de argumentos que ratifiquem que a política é vista como profissão e não vocação.

Observar o Presidente pedir tratamento diferenciado ao velho Coronel, soa de forma tão ridícula, que a última cena de Lula pedindo esse “favorzinho” foi tão esdrúxula, que só a comparo às comédias besteiróis pastelonas estadunidenses. O que é isso companheiro? Foi uma cena que tivemos que ver e rever para que pudéssemos ter a certeza de que a retórica realmente pertencia ao Presidente, e olha que se não existisse a TV iríamos ficar na dúvida.

Claro que temos a ciência que o velho Coronel é um aliado, e o seu partido tem um enorme peso no cenário político nacional. Entretanto, não podemos deixar de lembrar que o Sarney é um filhote da ditadura, e representa tudo de ruim e atrasado que existe na política nacional. O povo do Maranhão, sabe muito bem o que é e o que representa o clã Sarney no Estado. Durante mais de quatro décadas esse clã pilhou as riquezas maranhenses e tudo o que Estado passa hoje é reflexo desse câncer que vem matando o Maranhão desde então.

É preciso extirpar da política nacional esse excremento (José Sarney) que vem colocando em cheque a credibilidade dos políticos brasileiros, credibilidade essa que está a um nível bem a baixo do aceitável. O momento é de atitude e trabalho, como um “homem de respeito” e líder de uma família “idônea”, o Sen. José Sarney (PMDB/AP), deveria mostrar atitude e renunciar à presidência do Senado, e depois trabalhar, coisa que nunca fez, para tentar, se possível, provar a sua inocência.