segunda-feira, 16 de junho de 2008

LIVRO SOBRE O CINEMA SUPER-8 NO MARANHÃO

Yes, nós tivemos cinema! E uma produção bastante significativa, de mais de uma centena de filmes, feitos por maranhenses. Esse ciclo produtivo, que perdurou por mais de 10 anos, em São Luís, e ganhou prêmios nacionais, pode ser caracterizado como um movimento de Cinema Super-8 e envolvia nomes hoje bastante conhecidos no cenário cultural da nossa cidade: Murilo Santos, Euclides Moreira Neto, Nerine Lobão, Ivan Sarney e muitos outros.

Foi para contar a história desses homens e mulheres, na época jovens idealistas dos anos 70, que as jornalistas Kelly Campos e Luana Camargo escreveram o livro “Para não dizer que não falamos de cinema: o movimento de super-8 no Maranhão (1970-1980). O livro é resultado da monografia das duas autoras no curso de Jornalismo da Faculdade São Luís.

Configurado como livro-reportagem, o trabalho foi todo construído a partir de entrevistas com os idealizadores dos filmes, de pesquisa em jornais e livros sobre o tema. Ao final, o leitor vai ter um amplo painel não apenas sobre o cinema daquela época, mas sobre o cenário cultural sobre o que era São Luís do Maranhão no que se convencionou chamar de anos rebeldes.

Texto – O que talvez mais chame atenção no livro, além da programação visual, é a estrutura do texto. Feito em cenas, como numa grande filmagem, com cortes, avanços e recuos, o texto se movimenta à mercê do entrecruzamentos de todos os fatos e relatos que o livro aborda.

O lançamento do livro faz parte da programação de abertura do 31º Festival Guarnicê de Cinema e vai ser lançado no Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho, dia 18 (quarta-feira), às 19 horas.

Por Kelly Campos
(Jornalista e autora do livro)

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